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Equivalente da hemoglobina dos reticulócitos (RET-He)

O que é o RET-He — o equivalente da hemoglobina dos reticulócitos?

A medição do teor de hemoglobina dos reticulócitos (também conhecida como RET-He ou equivalente da hemoglobina dos reticulócitos) é uma forma de diagnosticar e monitorizar a anemia por deficiência de ferro. O RET-He é a forma mais rápida de detetar alterações no estado do ferro. Uma vez que os eritrócitos têm um período de vida de 120 dias, a deteção de deficiências de ferro e de alterações do estado do ferro da eritropoiese é apenas possível numa fase relativamente tardia, através da utilização de parâmetros hematológicos convencionas como HGB, VGM, HGM ou pela medição dos eritrócitos hipocrómicos (HYPO-He).

Os reticulócitos, os precursores dos eritrócitos maduros, são arrastados para a corrente sanguínea a partir da medula óssea e amadurecem habitualmente num período de dois a quatro dias. A medição do número de reticulócitos é, portanto, uma medida aproximada da “quantidade” de eritropoiese a ocorrer na medula. A medição do teor de hemoglobina dos reticulócitos significa que poderá saber qual a quantidade de ferro atual fornecida para a eritropoiese e avaliar a “qualidade” das células. Tal permite detetar alterações no estado do ferro de forma bem mais precoce do que através do teor de hemoglobina dos eritrócitos maduros. 

Porque é que o RET-He constitui um marcador mais eficaz?

Em geral, a deficiência funcional de ferro refere-se à incapacidade de libertar ferro de forma suficientemente rápida para fazer face às necessidades da medula óssea para a eritropoiese. Pode ocorrer mesmo quando o corpo tem reservas de ferro adequadas. A medição do teor de hemoglobina dos reticulócitos como avaliação direta do ferro de facto utilizado na biossíntese da hemoglobina pode indicar se existe, ou não, uma quantidade suficiente de ferro disponível para eritropoiese. Tira uma fotografia da “qualidade” da eritropoiese e constitui uma ferramenta importante para diagnosticar e monitorizar doenças que envolvam deficiência de ferro.
Os marcadores bioquímicos convencionais para avaliar o estado do ferro, tais como ferro sérico, transferrina ou ferritina sofrem perturbações tão drásticas durante a inflamação com resposta de fase aguda ou na presença de muitas outras doenças severas, que a interpretação clínica dos resultados se revela difícil ou impossível.
Por exemplo, apesar de níveis baixos de ferritina indicarem inequivocamente a falta de ferro, níveis normais ou elevados não lhe permitem tirar quaisquer conclusões em relação à biodisponibilidade do ferro. A ferritina pode também apresentar-se elevada em caso de deficiência funcional de ferro, na presença de doenças crónicas, tais como artrite reumatoide, mas também na presença de lesão hepática, tumores ou doença renal crónica.


Benefícios

A utilidade clínica do parâmetro Ret-He foi demonstrada e este parâmetro encontra-se agora estabelecido em análise hematológica avançada. O “teor de hemoglobina dos reticulócitos” é recomendado em orientações para nefrologia, como as European Best Practice Guidelines (EBPG), National Kidney Foundation Kidney Disease Outcome Quality Initiative (NKF KDOQI).

Ret-He:

  • Considerado o indicador mais sensível da disponibilidade presente de ferro para a eritropoiese
  • Conjuntamente, o RET-He e o RET#, permitem aos médicos tirar conclusões quer sobre a qualidade, quer sobre a quantidade da fração de eritrócitos jovens.
  • É um marcador precoce de doença — mais precoce do que os marcadores de química clínica!
  • Rápido, económico e prático de executar!

Que organizações beneficiam da utilização do RET-He?

A anemia é um sintoma comum a várias doenças e uma das patologias eritrocitárias mais subestimadas. Consequentemente, o conhecimento do estado eritropoiético de um doente pode ser essencial. Todos os nossos analisadores equipados com o canal RET oferecem o parâmetro RET-He como diagnóstico passível de ser incluído no relatório.

  • É frequentemente utilizado para doentes com perturbações nefrológicas (renais), uma vez que estes apresentam frequentemente anemia concomitante. É, assim, especialmente importante incluir doentes do serviço de nefrologia ou doentes provenientes de centros e clínicas de diálise na análise.
  • O parâmetro RET-He é importante nos doentes com anemia por doença crónica (ADC). Qualquer doente com um processo inflamatório crónico, infeção crónica ou doença maligna pode desenvolver ADC.
  • Doentes com anemia ferropénica (AF) também irão beneficiar. A AF é uma doença com uma prevalência elevada e subdiagnosticada que pode encontrar-se em vários doentes. Alguns doentes pediátricos são vulneráveis ao desenvolvimento de AF devido à fase de crescimento.

Utilização do RET-He

O RET-He fornece, por si só, informação sobre a biodisponibilidade atual de ferro — um valor baixo significa carência de ferro ou falta de biodisponibilidade de ferro para a eritropoiese. É frequentemente utilizado em conjunto com a ferritina. Uma vez que a ferritina se encontra aumentada durante a fase aguda de doenças, deverá excluir-se uma situação de inflamação, por exemplo, através da PCR.

  • Um valor normal ou elevado de ferritina, a par de um valor baixo de RET-He pode sugerir uma deficiência funcional de ferro.
  • Níveis baixos de ferritina aliados a um RET-He baixo sugerem uma carência de ferro clássica.
  • O RET-He é utilizado para monitorizar a terapia com eritropoietina (EPO) e/ou ferro IV. Se o valor aumentar é indicador de um efeito positivo do tratamento.

RBC-He e Delta-He

Enquanto o RET-He é uma medida do teor de hemoglobina dos reticulócitos, o novo parâmetro de diagnóstico RBC-He aporta informação sobre o teor de hemoglobina dos eritrócitos maduros. O parâmetro Delta-He é derivado a partir da diferença entre estes dois parâmetros.

Valores de Delta-He acima do intervalo de referência podem indicar uma melhoria na eritropoiese, por exemplo, após tratamento com EPO e/ou ferro. Pelo contrário, quando os valores de Delta-He se encontram abaixo do intervalo de referência, tal pode indicar uma anemia em fase precoce.


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