A terapêutica sistémica neoadjuvante (NAST) é cada vez mais utilizada no tratamento de doentes com cancro da mama. O objetivo é reduzir o estadiamento ou erradicar a doença e, desta forma, permitir a cirurgia de conservação da mama (em vez da mastectomia) ou uma abordagem cirúrgica, em primeiro lugar. No caso de diagnóstico de gânglio clinicamente positivo (cN+), a administração de NAST visa erradicar a doença nos gânglios linfáticos, permitindo assim excluir, potencialmente, o esvaziamento axilar (EA) e reduzindo o risco de morbidades pós-cirúrgicas, como o linfedema. A resposta patológica completa (pathologic complete response, pCR) é atualmente considerada o indicador mais importante do sucesso da NAST e é avaliada no tumor assim como nos gânglios linfáticos axilares.

Para que seja possível uma avaliação precisa da resposta na mama e na axila, é essencial que tanto o(s) gânglio(s) linfático(s) positivo(s) como a lesão mamária sejam marcados antes da NAST para poderem ser posteriormente localizados de forma correta. Depois de detetados e excisados, os respetivos gânglios linfáticos são analisados. O EA apenas pode ser evitado se não for detetada carga oncológica residual nos gânglios linfáticos. O estadiamento preciso requer uma análise altamente sensível e abrangente, sendo isto possível com o ensaio OSNA (One-Step Nucleic Acid Amplification). O OSNA é um ensaio molecular que permite uma análise rápida de todo o gânglio linfático, evitando assim que se descurem as metástases mais pequenas.

Por que razão é difícil localizar com confiança gânglios linfáticos anteriormente positivos após a NAST?

A utilização da NAST pode provocar o encolhimento ganglionar e, em consequência, o dispositivo marcador pode deslocar-se para o tecido envolvente. [1] Além disso, a ausência de precisão na deteção é causada pela baixa visibilidade do marcador, ou ausência da mesma, devido à fibrose induzida pelo tratamento sistémico. Quando a ecografia é realizada intraoperatoriamente, a qualidade dos resultados da localização é altamente dependente do técnico. Por isso, podem ocorrer dificuldades para localizar o marcador de forma fiável durante a cirurgia.

É necessário um marcador que permaneça de forma estável no lugar e que possa ser identificado durante a cirurgia com um método de deteção fácil, garantindo a localização segura e precisa do gânglio linfático anteriormente positivo após a NAST.

Uma das soluções para esta questão é o marcador magnético Magseed^®, com marcação CE e aprovado pela FDA para colocação a longo prazo em tecidos moles. Pode ser fácil e rapidamente localizado com o magnetómetro Sentimag^®, sendo um sistema altamente intuitivo, sem fios e não radioativo que pode ser utilizado em qualquer hospital.

[1] Hartmann et al. (2018): European Journal of Surgical Oncology. 44:1307–11.