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Intervalos de referência – e o que a Sysmex pode oferecer

Para qualquer análise de laboratório clínico, são essenciais intervalos de referência fiáveis e precisos para interpretar corretamente os resultados dos testes. Assim, a Sysmex é frequentemente solicitada a fornecer informações sobre os intervalos de referência para os parâmetros de hematologia.

Embora tenhamos muito gosto em disponibilizar uma seleção de literatura, gostaríamos de salientar que os intervalos de referência de diferentes estudos são apenas condicionalmente transferíveis, dependendo da idade, género, etnia, etc., da população de doentes em questão. Por esta razão, os indivíduos que serviram de base para o intervalo de referência selecionado devem ser o mais semelhantes possível à população de doentes a quem se destina a aplicação do intervalo de referência.

Atualmente, encontram-se disponíveis diversas publicações científicas que fornecem informações sobre os intervalos de referência para analisadores Sysmex. Estes estudos foram conduzidos em diferentes modelos de analisadores de hematologia Sysmex, e os intervalos de referência diferem claramente consoante as populações envolvidas. Isso também implica que os intervalos de referência publicados a partir de modelos mais antigos de analisadores devem ser validados antes de poderem ser utilizados com os mais recentes. Uma vez que – conforme explicado acima – existem diferenças entre os intervalos de referência hematológica determinados a partir de diferentes populações, a informação na tabela abaixo pode facilitar a escolha de um intervalo de referência adequado como ponto de partida para a validação.

Exemplos de intervalos de referência para analisadores Sysmex

Primeiro autor

Citação

Analisador

Parâmetros

População

Mrosewski I et al. Clin Chem Lab Med XN-9000 CBC Alemã, pediátrica
van Pelt JL et al Clin Chem Lab Med XN-Series CBC+DIFF+RET+PLT-F Holandesa

Florin L et al.

Int J Lab Hematol XN-Series CBC+DIFF+RET Belga, adultos
Wilson S et al. Int J Lab Hematol XN-3000 CBC+DIFF Canadiana, pediátrica

Bohn MK et al.

Int J Lab Hematol XN-3000 CBC+DIFF Canadiana, pediátrica

Ianni B et al.

Arch Pathol Lab Med XN-1000 CBC+DIFF+RET+PLT-F Americana (EUA), recém-nascidos
Arbiol-Roca A et al. EJIFCC XN-Series CBC+DIFF+RET Espanhola

Validação de intervalos de referência

A adoção de intervalos de referência publicados sem validação não é permitida e pode mesmo ser perigosa para os doentes. A adequação da referência deve ser sempre avaliada. Para este efeito, a International Federation of Clinical Chemistry (IFCC) sugere o seguinte procedimento [1]:

São recolhidas 20 amostras de referência locais e comparadas com o intervalo de referência publicado noutro local. Se não mais do que duas das 20 amostras estiverem fora deste intervalo, o mesmo pode ser usado. Se três a quatro amostras estiverem fora do intervalo de referência, devem ser recolhidas e medidas mais 20 novas amostras. Se não mais do que duas destas 20 amostras estiverem fora do intervalo, o mesmo pode ser usado. Se, na verificação inicial, cinco ou mais amostras, ou mais de duas dum conjunto repetido de amostras estiverem fora do intervalo publicado, o mesmo não é adequado para uso como referência para os doentes locais. A próxima opção seria realizar um novo estudo ou validar outro intervalo de referência diferente.

[1] Solberg HE et al. (2004): The IFCC recommendation on estimation of reference intervals. The RefVal program. Clin Chem Lab Med 42: 710–714.


Uma nova abordagem indireta para determinar intervalos de referência

A comissão Committee on Reference Intervals and Decision Limits (C-RIDL) da International Federation of Clinical Chemistry (IFCC) publicou recentemente um artigo de opinião sobre métodos "indiretos" para a determinação de intervalos de referência [2]. A abordagem "indireta" para determinar intervalos de referência refere-se a uma análise estatística de resultados já existentes de amostras recolhidas para fins de rotina (por exemplo, amostras recolhidas para screening, diagnóstico ou monitorização). Esta abordagem inovadora não só complementa os métodos diretos tradicionais, mas também possui diferentes vantagens. Estes benefícios são basear os resultados nos procedimentos analíticos e pré-analíticos em uso, a capacidade de abordar um amplo portfólio de populações (especialmente a população servida pelo laboratório) e, importante, a facilidade relativa de utilização e custos muito mais baixos. Neste artigo de opinião, a C-RIDL da IFCC incentiva aos laboratórios a “utilizar métodos indiretos para avaliar os seus intervalos de referência em uso, estimar novos intervalos de referência e publicar e partilhar os seus resultados no detalhe apropriado, e também a continuar à procura de técnicas novas e melhoradas para o processo”.

[2] Jones GRD et al. (2018): Indirect methods for reference interval determination – review and recommendations. CCLM, 57 (1), 20-29 Free online: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29672266/

SEED: Intervalos de referência – e o que a Sysmex pode oferecer

Os intervalos de referência são essenciais para permitir conclusões sobre os resultados dos doentes. Este artigo SEED explica como são definidos os intervalos de referência e como podem ser geridos no laboratório. Também se explica o procedimento para examinar a adequação dos valores de referência determinados noutro local.

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